Consultora da Thomas, Rita Pato começa por lembrar que «a opção de trabalho remoto começou a ser tendência antes da pandemia e, em muitas profissões onde as pessoas menos estavam despertas para esta opção e nas entidades onde menos se esperava ser possível, a realidade de teletrabalho foi imposta». Prossegue depois referindo: «Este contexto veio acelerar muitas tendências e despertar muitas necessidades que ainda não tinham sido sentidas. É por esta razão que o trabalho híbrido e remoto é um tema nos dias de hoje. Grande parte dos colaboradores mostram-se reticentes em voltar para um regime de trabalho 100% presencial, principalmente depois de experienciarem a possibilidade de fazer com igual qualidade todas ou a maioria das suas tarefas. Chegamos mesmo a assistir a uma preferência por mudar de trabalho do que voltar a tempo inteiro para o escritório.»

Rita Pato assinala ainda que «gerir e trabalhar com uma equipa é diferente e requer ‘soft skills’ distintas se o fizermos via ‘on-line’ ou presencial». Por isso, partilha algumas ferramentas tecnológicas que, enfatiza, «podem apoiar as empresas, os líderes e os próprios colabora- dores a liderar e a trabalhar em equipa a distância». Refere também: «Alguns dos pontos fundamentais consistem em conhecer o meu estilo comportamental e os dos que trabalham comigo, de forma a saber ajustar-me em prol de uma comunicação mais eficaz, conhecer-me melhor de forma a estar consciente dos meus pontos fortes, mas também das minhas fragilidades que possam colocar em causa a minha eficiência quando em trabalho remoto. Enquanto líder, além dos pontos anteriores, é também fundamental conhecer as dimensões que devo ter em conta e desenvolver para ser um líder cada vez mais completo.»

Finalmente, fala da Thomas HUB, uma plataforma de ‘assessments’ que contém diversos questionários psicométricos, com relatórios que podem dar resposta às questões que acaba de expor, nas seguintes matérias: Comportamental, com base na teoria DISC (Thomas PPA); Aptidões Cognitivas e Capacidade de Aprendizagem (Thomas GIA); Inteligência Emocional (Thomas TEIQue); e Potencial de Liderança (Thomas HPTI). E deixa um exemplo de uma organização que tem um modelo de trabalho híbrido desde 2018, tendo mantido o mesmo durante a pandemia: «Com a consciência de que o teletrabalho traz desafios de comunicação entre as equipas e que, por sua vez, a cultura e o ‘engagement’ dos colaboradores tem impacto direto na entrega dos projetos, foi implementado um programa de desenvolvimento dos líderes, com recurso a uma ferramenta de ‘assessment’ psicométrica – Thomas PPA (avaliação comportamental DISC). Após a aplicação do mesmo, a equipa de Direção ficou impressionada com a veracidade e a precisão dos resultados, tendo tomado a decisão de aplicar também aos membros da sua equipa. Foi realizado um ‘workshop’ para analisar e discutir os perfis de forma a capacitar os colaboradores para perceberem não só as suas preferências comportamentais, mas também as dos outros. Após este projeto, verificou-se um aumento da qualidade da comunicação tanto interna como com os clientes, do autoconhecimento de cada um dos colaboradores e, ainda, um aumento da visibilidade das competências comportamentais, que por vezes são colocadas de parte em prol da experiência profissional e das competências técnicas.

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