Liderança: Motivar, inspirar e guiar

Artigo de Opinião de Maria Leal Costa

Motivar, inspirar e guiar

A liderança é um termo que tem vindo a ser utilizado ao longo da história para, em diferentes contextos, identificar aqueles que conseguem motivar, inspirar e guiar um grupo de pessoas para alcançar um objetivo comum.

Uma liderança eficaz vai além de coordenar tarefas ou tomar decisões.

Envolve a combinação de traços de personalidade e competências interpessoais, como a capacidade de conectar emocionalmente com os outros. Ao longo dos últimos anos, vários estudos e teorias têm sido desenvolvidos no sentido de compreender quais as características que tornam alguém um “bom líder”, e como estas podem ser desenvolvidas.

 

Entre alguns dos estudos realizados, existe um grande foco em melhor compreender como os traços de personalidade e a inteligência emocional impactam a liderança e, consequentemente, afetam o desenvolvimento e desempenho numa função.

 

Relativamente aos traços de personalidade, os professores Adrian Furnham e Ian McRae desenvolveram uma ferramenta de Avaliação de Potencial de Liderança, que tem por base seis traços de personalidade, considerados como fundamentais para indicar o potencial de liderança em contextos empresarias e organizacionais. Esta ferramenta – Thomas HPTI – auxilia as organizações a identificar quais os indivíduos que, com base nos seus traços de personalidade, apresentam o maior potencial de se tornarem líderes eficazes e de se destacarem em funções de gestão ou liderança de topo.

Os seis traços avaliados com esta ferramenta são: Conscienciosidade, Ajustamento, Curiosidade, Audácia, Ambiguidade e Competitividade.

Esta ferramenta atua como um apoio para as organizações compreenderem quais os traços dos seus líderes e potenciais líderes, e como melhor atuar conforme as necessidades de desenvolvimento dos mesmos.

 

Além dos traços de personalidade, existem também os traços emocionais abordados nas diferentes teorias de Inteligência Emocional. Esta rege-se pela capacidade de gerir as emoções, demonstrar empatia, controlar impulsos, automotivar-se, ser autoconsciente, entre outros. O questionário de Inteligência Emocional – Thomas TEIQue – foi desenvolvido pelos professores Konstantinos Petrides e Adrian Furnham,  e visa avaliar a Inteligência Emocional dos indivíduos relativamente a seis diferentes facetas: bem-estar, autocontrolo, emotividade, sociabilidade, adaptabilidade e automotivação.

O questionário é um aliado no desenvolvimento de líderes e potenciais líderes, sendo que compreender a nossa emocionalidade, estar aberto ao feedback e investir no (auto e hétero) desenvolvimento são passos importantes para quem procura potencializar a sua liderança.

A chave para uma liderança de sucesso está no investimento contínuo das características, traços e facetas que nos permitem conectar com outros e melhorar o nosso desempenho. Líderes que investem na identificação do seu potencial de liderança, no seu autoconhecimento, gestão emocional e que estão dispostos a receber feedback, constroem um caminho mais sólido para inspirar e guiar as suas equipas com empatia e eficiência.

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