Como usei a Inteligência Emocional para me desenvolver como gestor

Inteligência emocional

Algo que muitas pessoas normalmente não sabem sobre mim é que apresento níveis bastante baixos de empatia. Isso surpreende algumas pessoas, pois tenho trabalhado de forma intencional para ajustar o meu comportamento, de forma a compensar esse traço e a mudar a perceção que os outros têm da minha empatia, o que me tem ajudado a ser um gestor e colega de equipa melhor. Mas foi preciso tempo e esforço para lá chegar.

Geria uma equipa e, apesar de estarmos espalhados pelo país, tínhamos uma ótima relação.

Encontrávamo-nos presencialmente cerca de uma vez por mês e, sendo todos bastante sociáveis, esses dias eram sempre agradáveis. No entanto, reparei que, independentemente de como o dia estivesse a correr, voltávamos sempre às mesmas preocupações relacionadas com os processos e mudanças na organização.

 

A equipa estava constantemente preocupada com os processos que éramos obrigados a seguir, ou com formas de trabalhar que não faziam sentido para eles. Sempre que nos reuníamos, esses temas vinham ao de cima. No entanto, tudo isso estava fora do nosso controlo. Eram decisões estratégicas, e os motivos tinham sido claramente explicados e comunicados a todos. Aceitava essas decisões, mantinha uma atitude positiva e seguia em frente, mas o mesmo não acontecia com o resto da equipa, e isso era algo que eu tinha dificuldade em compreender.

 

Comecei a sentir-me impaciente e a dizer-lhes que era assim mesmo, e que tínhamos de avançar. Basicamente, comecei a desligar-me emocionalmente. Não estava a escutá-los verdadeiramente e, apesar de nunca ter sido essa a minha intenção, a equipa começou a ver-me como alguém inacessível. Mal-entendidos como este são típicos de quem apresenta níveis mais baixos de empatia, algo que pode ser identificado no fator de Empatia da Avaliação de Inteligência Emocional da Thomas. O problema agravou-se pelo facto de, na altura, eu não ter consciência do meu próprio comportamento. Foi preciso que um dos líderes da minha equipa se aproximasse e me explicasse como os colegas se estavam a sentir para eu perceber o impacto que as minhas ações estavam a ter.

 

Esse colega, que demonstrava uma empatia natural, ofereceu-se para gerir essas preocupações e depois dar-me feedback. Esta solução resultou a curto prazo: a equipa sentiu-se ouvida, e tanto eu como o outro líder conseguimos trabalhar com base nos nossos pontos fortes. Mas eu não queria que esta limitação me travasse no futuro. Por isso, voltei à minha Avaliação de Inteligência Emocional, refleti sobre os meus comportamentos e o impacto que estavam a ter, utilizei os resultados para criar um plano de ação com vista ao meu desenvovimento. E foi isso mesmo que fiz.

 

Então, onde estou agora? Receber feedback sobre o nosso comportamento nem sempre é confortável, mas pode ser essencial para desenvolvermos uma maior consciência do impacto que temos nos outros. Tenho muito orgulho no facto de a minha líder de equipa ter sentido que podia ser honesta comigo, isso é reflexo de uma boa relação profissional. Foi uma lição difícil, mas aprendi a adaptar o meu comportamento à minha equipa. As melhores lições são quase sempre as mais difíceis.

Pronto para desbloquear o poder da Inteligência Emocional?

Isso exigiria um nível de autoconsciência que a maioria de nós não tem, mesmo que ache que tem. É difícil sermos objetivos em relação ao nosso próprio comportamento, mas descobri que os dados científicos da avaliação me deram exatamente o ponto de partida neutro de que precisava para trabalhar em mim próprio. E claro, é ótimo saber que, ao trabalhar nos objetivos sugeridos pela avaliação, também estou a melhorar a forma como colaboro com os meus colegas.

 

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