Como a IA pode impulsionar a conexão humana e o sucesso da equipa
O mundo do trabalho mudou — mais uma vez. E desta vez, não se trata apenas de modelos híbridos ou transformação digital.
Estamos agora no que muitos chamam de ambiente BANI — frágil, ansioso, não linear e incompreensível, onde as premissas em que costumávamos confiar já não se sustentam. As pressões para sermos produtivos estão a aumentar. As lacunas de competências estão a ampliar-se. As funções estão a mudar mais depressa do que conseguimos redefini-las. E a inteligência artificial está a remodelar rapidamente a forma como pensamos sobre o próprio trabalho.
Então, onde é que as pessoas se enquadram?
O investimento existe, mas o impacto não.
As organizações estão claramente a responder ao desafio:
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76% atualizaram significativamente os seus programas de desenvolvimento de liderança nos últimos três anos.
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56% esperam aumentar os investimentos em desenvolvimento de liderança nos próximos dois anos. (Fonte: Gartner, 2024)
Mas, apesar de todo este investimento, as pessoas estão mais esgotadas do que nunca. Os gestores, em particular, estão a sentir a pressão. E isso é um problema, porque são eles o principal elo entre a direção da organização e a entrega no dia a dia.
Mas não se trata apenas de burnout. Segundo o relatório State of the Global Workforce 2025 da Gallup:
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58% dos colaboradores em todo o mundo estão a enfrentar dificuldades.
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9% estão a sofrer ativamente no trabalho.
Vimos isso refletido nas nossas conversas durante o Employee Engagement Summit 2025, onde muitos dos participantes partilharam preocupações sobre como melhorar a comunicação da cultura organizacional. A vontade está lá, mas a execução ainda não acompanha — e isso está a afetar o envolvimento em todas as organizações. Os profissionais com quem falámos estão a tentar resolver esta questão, mas pode parecer uma tarefa monumental.
O Papel da tecnologia
Embora as intenções possam ser boas, muitas soluções acabam por agravar o problema inicial. Novas plataformas são constantemente introduzidas para "corrigir" a colaboração e o bem-estar — especialmente num mundo híbrido.
Mas não estão a ajudar, estamos a afogar-nos em ferramentas que, supostamente, deveriam melhorar a comunicação.
77% das pessoas afirmam que estas ferramentas as tornaram menos produtivas e aumentaram a sua carga de trabalho. (Fonte: Gartner, 2024)
E embora se espere que a inteligência artificial venha resolver o quebra-cabeças da produtividade, a maioria dos colaboradores simplesmente não tem tempo, nem espaço mental, para acompanhar.
Então o que está errado?
Estamos a ligar seres humanos à inteligência artificial (e vice-versa) como se fôssemos todos parte da mesma máquina. Isto pode funcionar, num primeiro momento. Mas, com o tempo, elimina as características que tornam os nossos locais de trabalho verdadeiramente humanos: empatia, criatividade, intuição e conexão. Precisamente aquilo que nos motiva a envolvermo-nos com o trabalho e com os colegas, desde o início.
Não nos faltam ferramentas. Falta-nos conexão.
Quando as pessoas se sentem genuinamente ligadas:
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São 25% mais produtivas;
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Têm o dobro da probabilidade de superar metas financeiras;
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E, em ambientes colaborativos, são 50% mais eficazes na conclusão de tarefas.
É por isso que, na Thomas, escolhemos abordar a IA de forma diferente.
Acreditamos que a IA deve reforçar as relações humanas, não enfraquecê-las. Aliás, o nosso CEO, Luke McKeever, falou precisamente sobre isso na cimeira. Muitas vezes, o uso da IA centra-se na poupança de tempo e custos, quando poderia (e deveria) focar-se em facilitar as interações humanas.
O futuro do trabalho não é impulsionado apenas pela IA. É liderado por humanos.
Vamos parar de tentar fazer com que as pessoas trabalhem como máquinas. Vamos começar a dar-lhes o apoio, o conhecimento e a conexão de que precisam para fazer aquilo que a IA não consegue.
É assim que construímos equipas mais fortes.
É assim que alcançamos um verdadeiro desempenho.
E é assim que fazemos o trabalho… funcionar.
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