O futuro do envolvimento: como desenvolver, conectar e inspirar a sua força de trabalho

O envolvimento dos colaboradores impulsiona a produtividade, a retenção e o sucesso, mas com o aumento do trabalho híbrido, do esgotamento e da rotatividade, manter as equipas motivadas é mais complexo do que nunca.

Neste artigo, conversámos com Kira van Niekerk, a nossa Diretora Global de Formação e Serviços Profissionais, para saber a sua opinião sobre os desafios atuais e como priorizar a construção de uma cultura em que os colaboradores se sintam valorizados e conectados.

Prepare-se para esta entrevista de cinco minutos cheia de dicas, conselhos e soluções práticas.

1- Quais são os desafios de envolvimento mais comuns que as organizações enfrentam no ambiente de trabalho em constante mudança?

Um dos maiores desafios que vi as organizações enfrentarem é a pressão para fazer mais com menos. A incerteza económica geralmente implica cortes de custos e a necessidade de esticar recursos, mas isso não significa que o envolvimento deva ficar em segundo plano. Muitas vezes, é tratado como um “extra” em vez de uma prioridade, mas sabemos que as pessoas não permanecem nos seus postos apenas pelo salário. Os colaboradores prosperam quando se sentem valorizados e conectados, e esse sentimento de propósito pode fazer toda a diferença, especialmente em tempos difíceis.

O trabalho híbrido e remoto tornou isso ainda mais complicado. Sem os momentos casuais e presenciais, é fácil presumir que o silêncio significa que está tudo bem. E sejamos honestos, os gestores frequentemente estão a fazer tantos malabarismos que as verificações regulares podem ficar para segundo plano. A parte complicada é que o envolvimento não é uma solução única; o que entusiasma uma pessoa pode não ter qualquer impacto para outra. É por isso que é tão importante que os líderes tenham as ferramentas e o espaço para se conectar com as suas equipas.

2- Qual o papel da liderança na promoção de uma cultura de envolvimento e como podem as empresas formar líderes para serem mais eficazes?

A liderança é essencial para criar uma cultura de envolvimento. Como líderes, definimos o tom através das nossas ações — seja através do incremento da responsabilidade, reconhecendo conquistas ou ajudando as nossas equipas a estabelecerem ligações. Mesmo pequenos passos, como acompanhar discussões ou definir metas claras, podem demonstrar compromisso e inspirar outros. Também é importante criar tempo e oportunidades para que as equipas construam relações e se sintam genuinamente conectadas ao seu trabalho.

Para fazer isto bem, os líderes precisam de autoconhecimento e ferramentas para gerir o seu próprio envolvimento. Quando estamos desmotivados, isso afeta toda a equipa. As organizações podem apoiar os líderes fornecendo estratégias claras, processos estruturados e espaços para reconhecimento significativo. Ao focarem-se em ações práticas, em vez de apenas intenções, os líderes podem construir equipas mais fortes e conectadas, mais preparadas para enfrentar desafios juntos.

3- Como podem as empresas lidar com a saída antecipada de colaboradores, bem como elevadas taxas de rotatividade e o esgotamento dos colaboradores?

Lidar com a saída antecipada de colaboradores começa com ações simples, mas intencionais. Verificações regulares — sejam semanais ou quinzenais — criam um espaço seguro para os colaboradores partilharem preocupações sobre o trabalho, desafios ou bem-estar pessoal. Às vezes, apenas perguntar “Como é que estás realmente?” pode revelar sinais precoces de saída. Priorizar a saúde mental através de ferramentas como programas de bem-estar ou profissionais de saúde mental mostra aos colaboradores que são valorizados por mais do que apenas a sua produção.

Como líderes, também nos cabe a nós reconhecer quando algo parece fora do normal. Identificar mudanças no comportamento — como incumprimento de prazos ou desistência — começa com a compreensão do que é “normal” para cada pessoa. Ter as ferramentas para agir sobre esses sinais e trabalhar com outros líderes pode fazer toda a diferença. E não devemos subestimar o poder do reconhecimento. Celebrar vitórias, por mais pequenas que sejam, ajuda todos a sentirem-se reconhecidos e valorizados. Esses pequenos momentos podem realmente aumentar a conexão e o envolvimento.

4 - Quais são as tendências que vê a moldar o futuro do envolvimento dos colaboradores e como devem as organizações preparar-se para essas mudanças?

O futuro do envolvimento dos colaboradores está a evoluir rapidamente, e as organizações devem adaptar-se. O trabalho flexível — híbrido ou remoto — é agora uma expectativa, com os colaboradores a priorizarem o equilíbrio entre a sua vida pessoal e profissional. As empresas que não oferecem esta flexibilidade correm o risco de perder os melhores talentos. A saúde mental é igualmente vital. Fornecer recursos não é suficiente; promover uma cultura onde o bem-estar seja uma prioridade diária é fundamental.

A IA também está a remodelar o trabalho. Utilizada corretamente, pode automatizar tarefas repetitivas, permitindo que os colaboradores se concentrem em tarefas significativas. Mas os líderes precisam de comunicar claramente porque é que a IA está a ser implementada, para que seja vista como uma ferramenta de apoio, não como um substituto. Os colaboradores também esperam experiências personalizadas que reconheçam as suas contribuições únicas. Para atender a essas exigências, as organizações devem concentrar-se numa comunicação clara, verificações regulares e ferramentas que desenvolvam os colaboradores — encontrando o equilíbrio certo entre a tecnologia e a conexão humana.

O futuro do envolvimento dos colaboradores depende de conexão, flexibilidade, bem-estar e uso cuidadoso da IA para melhorar o trabalho. Kira destaca a necessidade de comunicação clara, verificações regulares e experiências personalizadas. Ao desenvolver os líderes para lidar com a saída antecipada, criando conexão e desenvolvendo os colaboradores, as organizações podem promover uma força de trabalho próspera e motivada, pronta para se adaptar às mudanças.

Artigo escrito por: Vineeta Prashar

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